quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Sim, eu sou do contra.

E não é para aparecer, é porque não me conformo, porque não aceito ser conformado. Porque não concordo com o que está acontecendo com este país, porque não gosto de fazer parte da massa inerte e ignorante da humanidade. Sou do contra porque me sinto bem em um grupo pequeno e seleto de pessoas que pensam. Pessoas que não necessariamente são melhores do que as outras, mas de pessoas que tentam ser melhores que a si mesmo.

Sou dos que dizem não quando posso justificar a negativa. Sou dos que dizem sim quando a positiva é argumentação, é discussão, respeito em discussão. 

Não elogio o óbvio por mais genial que possa parecer, não admiro a atitude incrível de alimentar uma criança carente porque isso deveria ser normal e não admirável. Eu não cultuo milagres de existência ou enriquecimento, mas cultuo caráter, força de vontade e mérito próprio.

Não ouço as mesmas músicas que vocês, não canto as mesmas letras que vocês. Eu sou do gosto contra, porque enquanto houver diversidade, haverá felicidade.

Enquanto o povo não se interessar pelo significado das palavras, vão continuar amarrados em coleiras apertadas latindo funk ou qualquer outra besteira por ai. Um país que gasta milhões nas ruas e avenidas com o carnaval merece a crise que sofre, merece os políticos que têm. Um país que recrimina mães amamentando seus filhos em locais públicos, mas assiste pornografia explicita a qualquer horário do dia nas globelezas da vida merece a merda em que está e não tem o direito de reclamar. Um país que queima ônibus para protestar contra o preço dos ingressos merece o lixo em que vive. Um país que prefere gastar milhões com festas olímpicas, com cadeias e deixa de investir na infraestrutura das escolas, no salário dos professores e na remuneração psicológica dos professores.
 
Sintam-se no direito de odiar a quem odeia, sintam-se no direito de amar a quem ama, mas não se esqueçam que abaixar a cabeça e aceitar pode ser cômodo, mas se levantar e lutar mesmo que a vitória seja apenas o aprendizado restante na experiência de saborear o gosto amargo de uma derrota (que essa parte fique bem clara) sempre lhe fará completo, ou mais próximo de completar-se.

Joe

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar.