Basta.

Respira fundo e olhe nos meus olhos, e me olha. Deixe estar e que caia pelas rasas curvas do teu sorriso toda nossa sobriedade e solidez.

Quero o poder da despretensão, o peso da irresponsabilidade sobre meus ombros e que na verdade em essência nada saia do eixo, que o destino siga seu caminho, caso ele ouse contrariar o tempo com sua inércia aparente, nos fazendo notar que tudo e todos estão no mesmo lugar.

Alugue-se menos e faremos o melhor para vendermos nossos ideais o quanto caro for possível, pois o alerta alheio propaga teu nome quando expõe a grandeza de sua personalidade.

Que o sabor dos sonhos estejam em teus lábios, que o brilho do sol se faça em teus olhos e que a miragem no horizonte se torne verdade nas curvas de tua pele. Afinal, vamos nos permitir, nos aprofundar e nos sentir. E compartilhar da insanidade ou da realidade será sempre um caminho sem volta, afinal o que não retorna não deve ser lamentado.

Respire fundo novamente e deixe cair o véu da falsa pureza que cada um carrega. A verdade sobre o prazer que há na vida não está na flor da pele que mostramos por ai, mas no introspectivo sentido de caráter que surge dentro de si.

Me deixe tocar seu corpo com as pontas dos dedos e que toda sensação seja penitência suficientemente razoável por teus pecados, seduza-me com a vida e basta.