segunda-feira, 18 de maio de 2015

Nos falta luz.

E então você percebe que seu estado de espirito não é mais o mesmo. Teu semblante está cansado e as vinte e quatro horas do dia já são pouco pra se fazer o que tem que ser feito, és então obrigado a deixar algumas coisas para o outro dia e para outro e para o outro e tudo não acaba nunca, enquanto o esforço em demasia causa retorno em escassez.

O corpo pede água, pede ao corpo calma, perde do corpo a alma. O que não se compreende é tão real e o peso inerte da sensatez caindo por terra conduz a loucura da forma mais natural. Anceia os vícios, aflora as sensações e as necessidades de conduzir os sentidos para um único lugar onde eles derramem sobre a mente a lucidez necessária para continuar.

Em um olhar vidrado sempre haverá desespero, as linhas parecem se juntar e todas as letras ficam embaralhadas, misturadas e sem foco. Mas visto de fora de tudo que há, os indícios nos levam a ter um efeito retardado sobre sanidade. A loucura está presente nos poetas, nos felizes e nas crianças. A loucura suporta a realidade com mais leveza e menos clareza, porque afinal, nem sempre precisamos de luz.

Deixe estar e a entrega com atenção subsequente e necessária virá, mesmo que tarde demais.
J.

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