quarta-feira, 27 de maio de 2015

Eu.

Agora não haverá poesia, não haverá encanto. As belas palavras e seu fulgor se perderam nesta manhã. Minha voz se faz presente em respeito aos tantos amigos que me acompanham, mas agora, excepcionalmente agora, vou como Nietzsche: nada bem.

Existe parte de mim que não sabe onde vai, mas precisa ir mesmo assim. Outra parte pensando no que é certo ou errado e no que realmente vale a pena.

Mas a maior das partes é sanidade, é rotina e por conta disto está se tornando cansaço.

Existe uma parte que não deveria morrer em nós, a paixão. O entusiasmo falta em demasia, mas a esperança é um tormento que entra pela janela dos meus pensamentos algemando a espera de dias que talvez jamais virão.

Há uma parte de mim que anceia voltar a existir ou que morra de uma vez e não queira nada mais desta alma vazia.

Há uma parte de mim repetitiva, sem concordância que acha triste ser um receptáculo para as más lembranças.

Faltam partes de mim.

J.

Um comentário:

  1. Não perca jamais a vontade de viver e nem diga que sua alma esteja vazia.
    Faça um novo recomeço e deixe a inspiração voltar e fazer parte da sua vida.
    Bjs Jota.
    Carmen Lúcia.

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