quarta-feira, 27 de maio de 2015

Penumbra.

Quando a noite cai, enfim um pouco mais de paz. Somente assim, no escuro azul do mar é que posso navegar. Pairar por entre as mentes, relendo um a um, todos os meus pesadelos.
Até que surja tua silhueta por entre as sombras, com caminhar de passos lentos na direção do meu desespero.

Quero orar nas madrugadas para que a noite não termine e os teus olhos não se façam ofuscar na luz do dia.

Quero pedir ao tempo que espere deixando sua relevância irredutível e assim possa prolongar por um segundo que seja, o fatídico fim desta indecorosa paixão.

E pouco antes do primeiro raio solar cruzar os silhos do horizonte, cairei por entre as frestas do seu corpo como o luar se desfazendo na esperança de se perder quando um novo crepúsculo chegar.

Te vejo, te abraço, te deito e te arrasto pra dentro do cobertor. inundo tua cama, tua vida e teu dia com todo meu amor.

Pois quando a noite cai, pode ser que tudo saia das sombras, afinal, é no escuro que podemos nos ver.

J.

2 comentários:

  1. Hello Jota!
    Entre a sombra e luz tudo pode acontecer.
    Seu texto é lindo e evolvente, parabéns!

    "Pois quando a noite cai, pode ser que tudo saia das sombras, afinal, é no escuro que podemos nos ver."

    Abs, sucessos sempre!

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  2. Parabéns, amigo J. Doces viagens noturnas, a gente torce para a noite não acabar.Abração.

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