segunda-feira, 27 de abril de 2015

Por vezes.

Por vezes livre, por horas solto com o horizonte fechado pelas frestas de minhas prisões.
Nem que eu possa imaginar por quanto tempo haverei de ter em meus abraços o silêncio de teus beijos.
Por destino algum que possa ser imaginado, em momento nenhum poderia perder o selo de tua nudez, deixar a seda, tecendo o desejo por toda a pela quente, em cada gota fria, no arrepio denso que vem de dentro, um desatino livre de seus devaneios no acalento de teu seio.

Por vezes livre, por horas preso, serei em teu carinho toda sua posse, pois tende sempre a se apoderar do que cativas, do que encantada. Por vezes me darei encantado, por incontáveis vezes me darei a ti.

J.

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